Endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.
Hoje, a endometriose afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis. (Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP)
O principal motivo causado pela endometriose é o tubário, ou seja, as tubas uterinas ficam lesionadas impedindo o encontro de espermatozoides com os óvulos e consequentemente a fecundação.A qualidade dos óvulos tem uma boa queda quando há endometriose na pelve formando assim embriões com baixa capacidade de implantação.
O endométrio (camada que recobre a cavidade dentro do útero) fica sujeito a diversas mudanças ligadas à endometriose diminuindo assim sua receptividade e dificultando as chances do embrião se instalar.