Quando a mulher decide tentar engravidar de forma natural e isso não acontece dentro de um ano, o motivo pode ser a baixa reserva ovariana.
Desconhecido pela maioria das mulheres, a reserva ovariana é a quantidade de óvulos disponíveis no corpo feminino. Toda mulher nasce com 1 a 2 milhões de óvulos, ao chegar à puberdade, esse número já se reduziu para 300 a 500 mil óvulos, e a partir disso, todo mês, são perdidos cerca de 1000 óvulos por ciclo menstrual.
A perda dos óvulos se dá por morte celular (atresia), e não existe medicamento que possa impedir que isso aconteça.
Esse é um dos grandes motivos que engravidar de forma natural pode ser tão difícil para algumas mulheres. Do início da puberdade até os 30 anos, a mulher apresenta uma estabilidade na perda de óvulos e é considerada a sua fase mais fértil, dos 30 aos 35 anos, ocorre uma queda, e após os 35 anos a mulher já perdeu quase toda a sua reserva ovariana.
Como medir a reserva ovariana?
Após um ano de tentativa de engravidar naturalmente e sem sucesso, a mulher pode solicitar ao ginecologista um exame para medir a reserva ovariana. Atualmente, há três formas para fazê-lo.
Ultrassonografia transvaginal: Nesse exame, o ginecologista irá contar os óvulos que aparecem na imagem e que possuem entre 2 a 10mm de diâmetro. Esse exame precisa ser feito entre o terceiro e quinto dia do ciclo menstrual. Abaixo de 10 óvulos, é considerada baixa reserva ovariana, acima de 20 óvulos, considera-se que alta.
Esse exame pode ser feito pelo SUS e por convênios de saúde.
FSH: Esse exame de sangue simples mede a concentração do hormônio folículo estimulante (FSH) que é o responsável pelo crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. Dessa forma, quanto mais alto o nível desse hormônio, mais baixa a reserva ovariana está.
Esse exame também pode ser feito pelo SUS e convênios de saúde, e precisa ser feito entre o terceiro e quinto dia do ciclo menstrual.
Hormônio antimülleriano: Esse também é um exame de sangue, ele mede a reserva ovariana ao medir o hormônio AMH que é produzido pelos folículos antrais.
Por se tratar um exame mais preciso e moderno, ele não é feito pelo SUS ou convênios de saúde, mesmo assim, apresenta resultados mais diretos e não é necessário esperar uma data específica para que seja feito.
Quando a mulher está grávida, a reserva ovariana fica preservada?
Uma grande dúvida é sobre a reserva ovariana quando a mulher está grávida. E a resposta é não, ela não fica preservada.
Mesmo grávida, a mulher continua perdendo óvulos e sua reserva ovariana vai ficando cada vez mais baixa.
Sabendo que a reserva ovariana surge ainda com a criança no útero da mãe,não há nada que a medicina seja capaz para impedir que a reserva ovariana vá se perdendo conforme os anos.
Isso torna-se um problema preocupante para as mulheres que optaram por adiar a gravidez, não acharam um parceiro certo ou pretendem ter outro filho já em idade mais avançada, mesmo assim, não é necessário abrir mão do sonho de ser mãe apenas pela reserva ovariana baixa.
A mulher pode optar pelo congelamento de óvulos, ideal para mulheres antes dos 35 anos, ou pela Fertilização In Vitro, tratamento mais indicado, após analisar cada caso, devido a sua alta taxa de sucesso.
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